Porque sim.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Adoro...

Adoro o silêncio, as aves, o infinito. Adoro ser, sentir, amar. Adoro correr na praia, adoro o por do sol e o luar. Adoro a esplanada, o vento quente e as ondas do mar. Adoro as nuvens, o céu, o sol, as arvores, as flores, os animais. Adoro o Verão, os riachos e as cascatas. Adoro o preto, o branco e o laranja. Adoro ouvir música e tirar fotografias. Adoro a cidade, o campo, a confusão e a calma. Adoro sorrir, rir e dar gargalhadas. Adoro comer gomas e chupa-chupas. Adoro beijos, abraços, segredos ao ouvido, Adoro sentir uma respiração que nao é minha. Adoro sentir o coração acelerado e adoro tremer de nervos. Adoro cantar, gritar, fazer cara de má e fazer cocegas. Adoro conhecer pessoas. Adoro passar horas a conversar. Adoro uma mensagem de bom dia. Adoro joaninhas, borboletas, libelinhas. Adoro limão e ananás, adoro morangos com chantilly e natas do céu. Adoro velas, pufs e a minha almofada. Adoro ler, escrever, criar. Adoro deitar-me, fechar os olhos e sonhar. Sim, adoro sonhar. Adoro aprender, arriscar e principalmente adoro viver *(=





*SOng: Through Glass - Stone Sour

quinta-feira, setembro 14, 2006

. . .

"Nunca determines as tuas acções, deixa-te levar pelo simples prazer do momento."

domingo, agosto 06, 2006

Por aí. . .


Porque quem ama, nunca sabe o que ama, nem sabe porque ama, nem o que é amar.
Amar é eterna inocência e a unica inocência é nao pensar.

Alberto Caeiro

segunda-feira, junho 05, 2006

Os cinco sentidos. . .

Caminhámos os cinco sentidos juntos, tocámo-nos na distância, olhámos o mesmo céu, sentimos o verdadeiro sabor do amor, cheirámos as folhas secas do mesmo outono.
Passeámos a praia de cores, e sentimos a mesma areia quente nos pés. Bebemos o mesmo olhar de esperança e ouvimos aquele som que sempre nos fascinou. Olhámos as rochas suaves e rugosas, e juntámos as nossas mãos.
Não houve nada mais que isso. Quer dizer, houve sim. Houve o calor do saber olhar. Sentir o cheiro da natureza, o silêncio das cores. Houve a magia da beleza que nos rodeou. Apenas olhámos. Fizémos do nosso momento uma sensação que ambos queriamos sentir.
A natureza sorriu, tal como nós. Olhámos à nossa volta e tudo estava perfeito. Todos os seres considerados acordados no mundo elaboravam aos poucos a sua vida, curta vida.
E nós, apenas quisémos sentir o amor que a natureza tinha para nos dar, e demos o nosso olhar também.
Porque esta noite, não me quero envolver, quero apenas olhar. . .

terça-feira, março 21, 2006

Página rasgada, mas nunca esquecida. . .

Sentada, no parapeito da janela, sorrindo, e baloiçando a sua crença na infelicidade gozando-a, olhava os pássaros e os insectos. Sim, invejava-os de uma certa forma. Nao é que não se sentisse uma pessoa vulgar, e não é que nao gostasse de o sentir, mas acreditava que um dia iria vora. Eu, acreditava como ela. Para ela, a sua vida era a felicidade com maus momentos e nunca a infelicidade com bons momentos. Ás vezes, muito raramente e por escassos segundos, perguntava-se a si mesma, porque era feliz. Pensava nas pessoas que morriam à fome, e perguntava-se: "Porquê que eu nao sou uma daquelas pessoas?". Ás vezes, eu sei que ela daria tudo para que uma pessoa com dificuldades de apoderasse da sua vida...Eu sei, que ela amava a vida. Ela dizia que nada na vida era fácil, e para ela, todas as recaídas eram enfrentadas com um sorriso, com um discreto levantar do seu nariz e um seguir sempre com ar triunfante. Amava a pessoa que era e nunca, mas nunca disse mal da vida. Ela dizia, que a vida dela nao era uma pessoa, mas sim, um grande livro, onde a principal autora era ela. Também chorava, como disse, tinha orgulho em ser a pessoa vulgar que era. Mas quando chorava, tinha sempre um sorriso guardado para qualquer um. Mas hoje, um sentimento de tristeza e revolta invadia-me. Como era possivel que tudo aquilo acontecesse?

Naquele dia, entrei no bar, como habitual, sentei-me, tirei um cigarro e pedi dois cafés. Tinha recebido uma mensagem dela a dizer que estava quase a chegar. Peguei no café e derrepente, num momento mais do que instintivo, deixei cair a chávena, recontei o momento num segundo quase cortado pela aflição, levantei-me e corri para a porta. Olhei para o passeio do lado direito e larguei um sufocante "NAO" abafado pela visão mais aterradora que jamais tivera tido. Corri para a berma da estrada e lá estava ela. Deitada no alcatrão quase derretido pelo calor da travagem. Olhei, uma lagrima escorreu-me, decidida a deixar um rasto de desafio, pedindo desesperadamente por mais. O meu corpo, quente e frio, descontroladamente odiado, tremia como aquele ar estranhamente trémulo a que chamam de gás. Olhei-a novamente, deixei me cair de joelhos no chão, peguei-lhe na mão e apertei com toda a força, as lágrimas voltaram, agora com muito mais intensidade, deixei cair a minha cabeça no seu corpo ensanguentado e fechei os olhos. Todos aqueles instantes de segundos, eram nada mais, nada menos que puras lembranças frias. Mas tudo aquilo que seria uma vida, iria ser uma vida activa, inesquecível e exemplar. Lembrei-me do café frio que estava no bar, esperando por alguém que nunca o iria beber. Lembrei-me da hipótese de ela ter realizado o seu sonho. Terá ela voado? Como os pássaros e os insectos? Lembrei-me da paixão pela vida que ela insistia em demonstrar. Lembrei-me do seu sorriso, sim, aquele sorriso lindo e consolador. Lembranças que não eram apenas lembranças, mas sim momentos e sensações nunca esquecidas. Logo os meus pensamentos foram interrompidos pelo som das ambulâncias. Falavam-me num tom algo estrondoso para me afastar do corpo. Eu não larguei a mão, mas fui quase que projectada para o passeio. Levaram-na.

É assim que me lembro desse dia hoje. Amava aquela miúda e orgulho-me dela ainda hoje e para todo o sempre. Porque eu sei que num dia longinquo, as páginas da vida vão todas ser rasgadas, mas nunca esquecidas. Amo a minha vida, sigo o melhor exemplo que já alguma vez existiu e sou feliz como e com ela. *

domingo, fevereiro 19, 2006

Um "Não" entristecido.


Hoje, olhei para ti. . .E desejei nunca mais te ver.

Gosto de ti. . .
(Talvez nao mereças. . .*)

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Sonho.


Sonho.
Sonho e tudo me faz sonhar.
Sim, gosto de sonhar bem alto.
Gosto de me sentir noutra dimensão.
Gosto de me sentir no improvável,
olhar para mim e dizer que tudo é um sonho.
Gosto do imaginário.
Gosto de acordar e sentir a intensidade do momento.
Gosto de sentir um sorriso estúpido quando acordo de manhã.
Gosto de me sentir parva ao sentir isto!

Amo vos*